E falando em psicopedagogia ...: 2012

Páginas

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

É Natal e tempo de abrirmos nossos corações...

Bem, já é de se esperar que na época do Natal as palavras pudessem ser as mais bonitas e as mais poéticas. Pois bem. O fato é que recebi um comentário anônimo no site no dia 15 de Dezembro, e senti, pelas palavras que li, que seria necessário respondê-lo com a minha total e completa sinceridade ...

Eu peço licensa ao Autor, ao qual desconheço, mas foram exatamente essas palavras que recebi:
(Está no próprio site ... http://carolinaalvimpsicopedagoga.blogspot.com.br/2012/04/forum-sobre-tdah-e-dislexia-na-unicamp.html#comments)

"o prejuízo me causado pelo transtorno só eu sabia,um cara que teve todos seus conhecimentos roubados,que precisava começar do zero,mas precisava de ajuda ,recuperar aos poucos tudo que foi perdido,muitos achavam que devido a isso devia me sujeitar a tudo,por necessidade aceitei as humilhações calado,ciente que poderia colocar tudo a perder,engoli muito sapo,em algumas situações explodia fácil,eu teria achar uma saída,nos meus poemas,nas minhas poesias,na minhas musicas,no meu livro,automaticamente pessoas que acreditaram nessas realidades,de alguma forma tinha dentro de mim um talento,isso tirava da cabeça o desejo de justiça quase que diariamente,quando analisava as coisas friamente,quando qualquer pessoa passando por tudo que passei iria recorrer a ajuda daqueles que se acha que se pode contar,isso não é transferências de problemas,mas as vezes se faz necessário,por muitas vezes na tentativa de entender a minha dificuldade de aprendizado de uma forma geral,me deparava com os fóruns que abordava o assunto TDAH,onde as pessoas apenas respondendo a algumas perguntas se diziam com TDAH,tinha a certeza de um transtorno que me prejudicava absurdamente,alguns diziam que queria inventar uma doença,exames sofisticados de neuroimagem mudaram seus conceitos subjetivos,a mudança no tipo de tratamento foi nítida,ouvi falar em discalculia,por um tempo achei que era amnésia(o esquecimento no aprendizado de coisas novas era muito rápido,sempre tendo que recomeçar,os médicos falaram de (TMO)(transtorno mental orgânico) ,transtornos genéricos que se leva ao mesmo caminho,onde- após exames neuropsicologicos,com o complemento de exames de imagem (ressonancia magnética) exames sofisticados como PET TC/ SPECT, se chegou numa conclusão,que o transtorno realmente existia,lidando sózinho com toda a situação,não conseguia mais trabalhar, estava bloqueado, não conseguia fazer operações matemáticas ,chegando num momento que não era mais possível esconder, a demora na procura de ajuda,onde a depressão,apenas uma comorbidade do transtorno cognitivo, já estava no estagio avançado,uma vez que se sabe que o tratamento é duradouro,(minha gratidão a todo o corpo clinico do hospital dia)triste de saber que meu déficit aprendizado era causado tão somente por um desequilíbrio químico no meu cérebro.. A MAGOA COM ALGUMAS PESSOAS É NATURAL...eu contive o meu ódio,a ajuda psicológica foi fundamental,de alguma forma eu éra um cara bom,mas quase virando um monstro,certas coisas não cicatrizam,não há terapia que de jeito,perdoar não significa esquecer,você fica indiferente com esse tipo de pessoa,mas é preciso virar a pagina,pois o ódio no coração faz a mal a saúde,e eu já estava completamente doente,poderia muito bem usar os exames de imagem como desculpa,dizer que era uma cara de potencia,predisposição, com o gatilho a ser disparado a qualquer momento,essas conversas mole de psiquiatras,mas ainda sim eles te rotulam como um cara inteligente e calculista,quando na verdade as minhas intenções eram direcionadas,com pessoas que fazem mal gratuito a outras pessoas,contribui-se com lagrimas,contribui-se com dor,mas não há pudor,felicidade pessoal que importa,que pra isso muitos paguem o preço,quando o barato dessa vida,é somar e compartilhar,com um mundo melhor pra todos,mas o egoismo e ambição torna isso tudo secundario,é preciso mais amor no coração das pessoas,uma vez que estamos só de passagem por esse mundo.." 

Vamos agora aos fatos: TDAH EXISTE, É UMA DOENÇA SÉRIA E DEVE SER TRATADA COM RESPEITO DEVIDO A ESSE TIPO DE COMENTÁRIO QUE OUVIMOS. Sr Anônimo, compartilho de seu sentimento diariamente com as crianças que atendo, que considero "minhas", porque não há bom trabalho em psicopedagogia, e creio que em nenhuma profissão, se o seu coração não conseguir sentir o outro. Isso se chama trabalhar pelas pessoas, e não com pessoas. E há uma diferença brutal nisso. 

Comungo de sua realidade nos olhos de minhas crianças, que sofrem, assim como você sofreu e vem sofrendo, com a discriminação, os apelidos de "preguiçoso", de "custoso", ou a famosa frase "esse ai não tem jeito", em espaços que deveriam educar e acolher, e não somente enfiar conteúdo na cabeça de crianças.


Vejo diariamente profissionais da saúde, das diversas áreas, passarem informações ERRADAS (e prefiro essa palavra, do que algum sinônimo mais polido, pois estou falando com SINCERIDADE NUA E CRUA!) afirmando que o diagnóstico do TDAH fada ao individuo a condição de uma deficiência. E não é, DE FORMA ALGUMA, o caso. (Mas ainda há aqueles que preferem um filho doente do que um atestado de culpa à sua falta de competência como pais). Quando esses mesmos não dizem que TDAH não existe por falta de informação e CONHECIMENTO CIENTÍFICO. Sim, meu caro. Conhecimento científico, que há mais de 100 anos analisa os casos de TDAH no mundo. Mas como ainda tem gente que acredita em fim de mundo e papai noel, sejamos sensatos! (E vide texto do Dr. Paulo Mattos e Dr. Luiz Augusto Rohde, profissionais aos quais respeito muito- e a comunidade científica e acadêmica também - no site da Associação Brasileira de Déficit de Atenção - ABDA aqui).


Em recentes pesquisas o risco de uma pessoa com TDAH em se envolver com acidentes, apresentar uma comorbidade psiquiátrica, de se envolver com drogas, é altíssimo se não bem orientado e não tratado corretamente, devido aos motivos expostos em seu desabafo, Sr. Anônimo. E devemos deixar com que isso se extenda? Mas conhecer dá trabalho. Aprofundar o conhecimento dá trabalho. E é sim, mais fácil julgar que analisar fatos. É preciso reflexão, crítica de desenvolvimento e não de crítica de linchação. Mas acalme seu coração: ainda existe saída porque ao mesmo passo que o mal esta implantado como um chip na cabeça e coração de uns, há aqueles que compreendem sua dor, suas palavras, e lutam veemente para ver esse quadro findar!!!! E se depender de mim, e das equipe à qual faço parte, ele há de se findar!!!!


Enfim: à todas as suas palavras o meu respeito. Às crianças, adolescentes e Adultos acometidos do TDAH meu eterno respeito. Aos mestres que ajudam a desmistificar o TDAH e o tratam como assunto de suma importância, a minha reverência.


Porque além de informação, o mundo carece de pessoas que possam sentir o outro. Ajudar mais o outro, escutar mais o outro, tocar mais o outro, RESPEITAR mais o outro.


Que esse Natal seja assim; que o seu presente esteja no sorriso do outro. E não se espante se depois disso, o indivíduo feliz ser você!


E que venha 2013


PS: NÃO SE SINTA SOZINHO ... Veja que há no mundo muitos como vc ... Sinta-se acolhido!!! (http://tdah.org.br/historias-reais)





domingo, 30 de setembro de 2012

Dislexia - Dica para pais

Boa tarde queridos internautas ... Hoje vamos falar um pouquinho sobre a Dislexia, e algumas dicas fundamentais que podem ser seguidas em casa. Porque o trabalho não está somente a mando da escola e dos especialistas. O apoio familiar é fundamental em todo o processo de adaptação da criança/ adolescente.

Vamos então?


  • É extremamente importante estabelecermos uma rotina no dia a dia dos disléxicos. Para isso, os pais podem confeccionar com os filhos cartazes com figuras, coloridos, que ajudem a identificar as atividades diárias;
  • Bilhetes coloridos como post-its no espelho do banheiro, na mesinha de estudos, também ajudam a fixar a rotina das atividades;
  • Utilize uma codificação por cores para o processo de organização se tornar mais visual. Por exemplo; o horário das aulas de natação estará em azul; o do ingles em vermelho, e assim por diante. A criança vai ver a cor azul da aula de natação e pensar mais rapidamente do que ler aula de natação no quadro e processar o significado.
  • Separe roupas e materiais no dia anterior. Se for preciso fazer a preparação para algo no próximo dia de manhã já deixe tudo separado no dia anterior para não haver confusões;

  • Mantenha uma rotina para dormir em um horário fixo razoável. Entre 8 e 9:30 são horários em que a criança estará tendo de 8 a 10 horas de sono se acordar as 6 da manhã;
  • PACIÊNCIA PARA AS TAREFAS DE CASA. As vezes a criança com dislexia não consegue realizar toda a sua tarefa de uma só vez. As vezes é preciso alguns intervalos (uma água, um lanche pequeno, um intervalo para a tv de 15 minutos...) para que ele posso voltar a se concentrar e ir se adaptando ao seu tempo de esforço mental;
  • Providencie um local de trabalho tranquilo para as tarefas de casa, sem muitos distratores, longe de janelas. Ali serão realizados apenas os trabalhos escolares;
  • Iluminação adequada e materias escolares reserva são essenciais;
  • Exija o local arrumado após usá-lo;
  • Se na tarefa de casa, seu filho ficar travado em uma palavra e pedir sua ajuda, soletre-a para ele. Esse não é o momento de dizer "Vá procurar no dicionário" ;
  • Com o passar do tempo, reduza sua ajuda gradualmente se seu filho estiver fazendo avanços;
  • Arrume caixas de cores diferentes para cada matéria. Assim a lição de casa pode ser organizada separadamente;
  • Se seu filho tem mais facilidade para aprender por meio auditivo, tente fazê-lo usar um pequeno gravador portátil para gravar lembretes e escutá-los no final das aulas, antes de ir para casa. A idéia é que ele grave os lembretes sozinho, diariamente. Isso pode também ser usado nas aulas de maior leitura. Pois poderá fixar melhor o conteúdo com as explicações orais do professor em casa;
  • Faça cópia dos livros de seu filho. É um sistema de segurança para caso ele esqueça-os na sala e precise de fazer as lições;
  • Tenha uma lista de tres a cinco amigos que seu filho possa ligar para verificar a lição de casa, passeios escolares ou eventos extracurriculares;
  • Ajude seu filho a escrever mensagens de agradecimento aos pais, professores ou amigos que o ajudam; isso vai inspirá-los a ajudá-lo novamente;
  • Leia diariamente para seu filho e em conjunto dele. Pode ser um momento de vocês dois. Utilizar os audiobooks também é um artifício legal;
  • Estimule seu filho a usar o computador para as tarefas e resumos de estudo e a ferramenta de verificação de ortografia;
  • Para os estudos também é necessário planejamento: do tempo levado até a leitura dos conteúdos;
  • Estude com antecedência. Uma semana antes organize dias para estudo para a prova. Vocês terão mais tempo para repassar a matéria;
  • Seja direto. Não siga o sistema "Vamos fazer um resumo sobre a Independência do Brasil", mas sim "Vamos elencar 5 fatos a respeito da Idependencia do Brasil";
  • O computador e novas tecnologias poderão ajudar enormemente seu filho;
  • Elogie suas conquistas e os trabalhos bem feitos. Mas entenda que as suas espectativas devem ser compatíveis às dificuldades enfrentadas pelo seu filho. Entenda que 6, para uma criança que só tirava 2, é um GRANDE PROGRESSO.
  • Arrume tempo para diversões sem dar chances a discussões;
  • Planeje um tempo para curtir o seu filho.


Bastante dicas não é mesmo. Espero que possam tornar seu lar um local positivo para a aprendizagem. E no que precisarem, estamos por aqui!!!
Um grande abraço,

Carol

Fonte:
FRANK, Robert e LIVINGSTON, Kathryn. A vida secreta da criança com dislexia. SP: MBooks, 2003. p161-178.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Entrevista para a RTU sobre Stress Infantil

Boa tarde internautas.
Segue novo post sobre o Stress Infantil, discutido em uma entrevista dado pela Rede de TV Universitária da UFU. Ficou muito legal, e é um bom material para os pais ficarem atentos quanto aos sinais do stress infantil.

Entrevista sobre Stress Infantil


segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Discalculia

Bom dia queridos internautas...
Estou aqui hoje postando uma imagem que compartilhei no meu facebook (#psicopedagogacarolina) e que acho muito pertinente e didática para explicar melhor o que é a Discalculia. É interessante ressaltar que para que haja realmente discalculia (e não acalculia ou outro problema metodológico), devemos analisar todos os parâmetros do diagnóstico e ter bem definido a inconsistência quanto à discriminação dos símbolos matemáticos, da possibilidade de realização e domínio do fazer contas .... Não é preciso reforçar a questão do Bom senso e da ética nesta hora, não é mesmo ...???

Segue então abaixo a imagem .... Espero que gostem.
Abçs a todos e até o próximo post.




terça-feira, 7 de agosto de 2012

Boa noite queridos colegas!
Demorei para postar no blog. Mas para isso também tem uma razão: estive organizando o Fórum de Dislexia e TDAH, que foi realizado dia 23 de Junho de 2012 na UNIUBE, Campus Uberlândia, e posso dizer que, depois de muito trabalho, tivemos um evento de sucesso em todos os quesitos. Profissionais de alto gabarito trocando experiências maravilhosas, material impecável, uma organização ímpar, e evento LOTADO!!!! As fotos estão no meu site (http://carolalvim.webnode.com.br). E depois foram férias merecidas de Julho, onde acabei me afastando para poder DESCANSAR um pouquinho ne???

Bem, nesse meu "descanso"provisório, passei pelas bandas de SP e achei um livro que acho que é de suma importância para quem quer melhorar seu desempenho didático pedagógico de uma forma realmente inclusiva: chama Psicopedagogia Modular, da Editora vozes, escrita por  Elizabeth Carvalho da Veiga; Tolardo, Sandra Helena; Oliveira Batista, Andrea; Miyuki Mitsunaga, Eliane; Aparecida Janjacomo Kowalski, Mary.

O livro fala de uma forma de avaliar e intervir ao mesmo tempo utilizando a proposta de inteligências múltiplas do Howard Gardner, levando em consideração a valorização das habilidades para a melhoria do processo de aprendizagem. Estou em "êxtase" e em processo de "comer" o livro. Eles colocam de uma forma bem didática como agir inclusive na sala de aula, e não somente no processo de diagnóstico e intervenção clínica.

Dai também pode se partir da visão do diagnóstico para adolescentes, visto que a nossa bibliografia foca no trabalho com crianças e muito pouco para aqueles. Porque venhamos e convenhamos: pedir desenho para adolescente é quase que um tiro no pé. Não é mais o meio de interesse, ainda mais no nosso mundo altamente digitalizado. E nesta proposta, entra-se também os jogos e o desdobramento das linguagens por jogos. TUDO DE BOM!!!!

Aos poucos vou postando um pouco mais da leitura. Mas só para dar um gostinho do que diz o Gardner, vou deixar para vocês uma imagem legal do tema ok?



Abçs, E boa semana a todos!!!!!


terça-feira, 5 de junho de 2012

Diferença de PROBLEMA , DIFICULDADE E TRANSTORNO DE APRENDIZAGEM

Boa noite pessoal. Estamos mais uma vez postando um tema um tanto quanto polêmico. Falar sobre as diferenças de problema, dificuldades e transtornos de aprendizagem dá pano para manga e comentário que não acaba mais. Mas por incrível que pareça, é uma das perguntas mais comuns que ouço.
Então, para começarmos o assunto, e iniciando uma nova proposta de vídeos no blog, estou falando pessoalmente sobre essas diferenças!!!
Espero que gostem e comentem. Só assim poderei saber se fiz a diferença de alguma forma.

Grande abraço a todos e vamos ao vídeo ...


segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mudanças: difíceis mas necessárias!


Você tem que ser o espelho da mudança que está propondo. Se eu quero mudar o mundo, tenho que começar por mim. - Mahatma Gandhi



Queridos(as) amigos(as),

Nós, profissionais que atuamos como agentes de transformação e mudança, 
com o intuito de facilitar a melhora dos indivíduos que nos são direcionados, 
necessitamos  sempre da renovação e da adaptação para que possamos 
desenvolver  um trabalho, a cada dia, de maior qualidade a ser oferecido. 
Com este propósito, buscamos aprender, ensinar, aprender-ensinar, e a 
nos transformarmos!

Venho, então, noticiar a vocês o novo ciclo que  inicio: novas 
oportunidades me foram apresentadas e, devido a isto, mudo o meu 
espaço físico de trabalho, ou seja, não atenderei  mais no CADPp 
(Av. Vigário Dantas). A partir de agora,  atenderei à 

RUA JAVARI, 320 - LÍDICE


O trabalho desenvolvido no CADPp foi, com certeza, muito enriquecedor, 
com uma parceria inigualável!!Agradeço, imensamente, a todos(as) que 
torceram e estiveram comigo,  neste percurso tão importante de meu 
processo profissional. 

Convido a todos(as) vocês a conhecerem o novo espaço, montado com todo 
carinho e cuidado para melhor atender às perspectivas e demandas deste meu 
novo ciclo! Serão oferecidos cursos, palestras, orientação a pais e a 
profissionais da área da saúde e educação,  assim como grupos de Estudo 
em Psicopedagogia. Em breve,  vocês serão carinhosamente informados 
sobre a programação do espaço!


Sejam sempre bem vindos(as)!
Conto com a presença de todos(as) vocês!

Um grande abraço,

terça-feira, 17 de abril de 2012

Fórum sobre TDAH e Dislexia na UNICAMP e Simpósio sobre a Saúde do Escolar na PUCCAMP

Boa tarde pessoal! Mais um post no mês de Abril, um pouquinho atrasado mas por uma razão plausível: queria passar aqui o que aconteceria no Fórum de TDAH e Dislexia que aconteceu em CAMPINAS / UNICAMP no dia 13 e o Simpósio Internacional sobre Saúde do Escolar: TDAH, Dislexia e Autismo, também em CAMPINAS/PUCCAMP nos dias 14 e 15, aos quais participei.

Primeiramente não temos o que questionar a respeito das sumidades que estiveram presente falando sobre os temas acima: foi Paulo Mattos, Luis Augusto Rohde, Joseph Sergeant (Holanda), Sylvia Maria Ciasca, César de Moraes ... só pessoal gabaritado e tirando dúvidas que creio necessárias para muita gente desinformada por ai que merecia estar presente!!! #cutucadabásica!

Trago então um breve resuminho do que presenciei por lá:

No Fórum sobre TDAH e Dislexia, organizado pela ABENEPI - Associação Brasileira de Neurologia, Psiquiatria Infantil e Profissões afins (e que por sinal prezou pela perfeição!!!) - o assunto mais discutido foi a questão da medicalização com o metilfenidato e suas consequências, os erros de diagnósticos e o debato do "mito"do TDAH. Não foi nem preciso falar que deu pano para manga o assunto e que fomos abordados com comprovações científicas indiscutíveis frente ao TDAH e a importância do Metilfenidato para o tratamento dos indivíduos realmente diagnósticados como TDAH. Fora todo o aporte científico e químico por assim dizer, a palestra do Prof. Dr. Cesar de Moraes foi um "tapa na cara" daqueles que acham que TDAH é um transtorno leve, nos apontando os resultados presentes e futuros na vida da criança, da família e dos profissionais realmente envolvidos. 80% dos casos não tratados se envolve com drogas, podem ser alcólatras ou estarem de alguma forma envolvido com a lei. Fora que o número de acidentes causados por indivíduos não tratados aumenta consideravelmente. E ainda: os problemas com emprego, socialização e as possíveis comorbidades que possam vir a surgir com o quadro simples e fácil de ser tratado e revertido - quando com profissionais realmente formados e competentes.

Reforçou-se ainda o tempo de existência deste e outros transtornos correlatos que datam mais de 100 anos - o primeiro caso de TDAH foi próximo de 1890. Só que no Brasil a fala sobre esses estudos são mais recentes. E em consequência á má informação estamos vendo na mídia relatos equivocados do que realmente são essas doenças.

O Simpósio de Saúde Mental do Escolar da PUCCAMP verteu pelos mesmos caminhos e ainda pode dar uma abertura para práticas interventivas tanto na escola quanto na clínica.

Em resumo: uma ampla abordagem de casos, a enfase na multidisciplinariedade e necessidade de equipes no trabalho com esses indivíduos, a desmitificação da medicamentalização e ainda o que há de melhor e novo nas pesquisas e intervenções da prática clínica!!! PERFEITO

Gostaria então de Parabenizar a ABENEPI sob a coordenação da Profa. Dra. Sylvia Maria Ciasca, o DISAPRE e todos os envolvidos pelo evento maravilhoso realizado nesse final de semana!!!! Aprendizado indispensável e trocas e mais trocas!!!!

quarta-feira, 14 de março de 2012

Ritalina - esse bicho de 7 cabeças! Será?

Bom dia queridos colegas internautas!!! Postando mais um assunto polêmico dentro da educação e saúde, não é mesmo? Mas temos que nos dar abertura a discutir para chegarmos sempre a melhores caminhos e caminhadas!!!

Hoje recebi um e-mail de uma mãe de Bagé/RS. Fiquei muito feliz em saber que estou conseguindo chegar até lá (sabendo da booooaaa distância que fica de Minas até o Rio Grande do Sul, Tchê!) e ainda poder ser útil de alguma forma. Muito Obrigada viu ;) ! Enviei a resposta hoje, e trago aqui pro site o caso, como já disse polêmico, do usar ou não a Ritalina, mais conhecida como METILFENIDATO , ou por alguns como o "bicho de sete cabeças que estão querendo enfiar no pobre corpo do meu (minha) filho(a) e que vai fazer dele um viciado em remédio"! Parece brincadeira, mas é essa a concepção de alguns pais que vemos por ai.

Sejamos francos: INFORMAÇÃO É TUDO. Como diz a propaganda do canal Futura, "Não são as respostas que fazem o mundo girar, são as perguntas!". Por isso fica a minha humilde pergunta: SERÁ? Será que o metilfenidato é esse bicho papão que estão colocando ai? Ou ele está servindo de bode espiatório para meia dúzia de profissionais que preferem usá-lo do que fazer um diagnóstico aprofundado? Ou que até nem são muuuito profissionais e nem tenham FORMAÇÃO para isso(agindo assim dá pra ter uma noção da resposta, né?)!

Vamos por partes: a ritalina (vou colocar assim, em minúsculo, para que fique melhor a compreensão generalizada) não é um medicamento que faz milagre - assim como sabemos que nenhum medicamento na verdade faz. E também não vicia! (FATO!) E nem toda criança que possui algum transtorno de aprendizagem tem que usar medicamento. Por isso disse que o diagnóstico deve ser algo aprofundado e multiprofissional - com uma equipe que englobe várias áreas como a psicologia, neurologia, fonoaudiologia, etc.

Deve ser avaliado se essa criança/adolescente possui dificuldade na escola, que dificuldades são essas e se com o hábito/rotina/ terapia ela não consiga se adaptar. Tem que saber de que ordem vem a dificuldade: orgânica, emocional, motora? Alguma outra doença associada?  Ainda: como esse indivíduo aprende? Será que não é uma questão metodológica da escola? Ou alguma mudança ocorrida na vida desse indivíduo? Uma necessidade de óculos? Viram quantas perguntas? Depois, E SÓ DEPOIS, de analisar tudo isso, passar sob a ótica de vários profissionais, ai sim, se necessário, entra-se com a medicação que não necessariamente indica uso para o resto da vida. Há casos de uso somente no início para adaptação e há casos mais prolongados.

O que fica é a importância de uma boa avaliação e SE O MEDICAMENTO TRARÁ BOAS MUDANÇAS PARA SEU(SUA) FILHO(A). Porque a razão maior de toda a investigação é e sempre será o bem estar da criança e qualidade de vida orgânica, cognitiva e emocional dela. Se a ritalina ajuda, ÓTIMO! Se a criança melhorou,  ÓTIMO! Porque falar para um pai que seu filho não tem saída, ou não dar saída para pais é fadá-los a uma tristeza que ninguém nesse mundo tem o direito de fazer a outra pessoa. E quem não é pai não tem como medir o tamanho do desespero e preocupação que fica nos corações da gente (falo gente porque me incluo como mãe!).E a criança que já está com esse problema ainda fica no meio do furacão sem entender nada!!  Mas gente para falar mal e fazer mal julgamento disso, tem a rodo nesse mundo!

Enfim, o que quero dizer, em resumo, é que buscar uma boa avaliação, com profissionais formados, com experiência, é uma forma mais garantida de um diagnóstico mais preciso e particular (porque cada caso é um caso diferente!). E que somente eles poderão dizer se há ou não necessidade de usar o medicamento. Duvidou? Comprove, pergunte, vá a outros profissionais. Mas não coloque na ritalina a razão para mal diagnósticos de profissionais incompetentes e negligentes. Bom senso, queridos! Bom senso!
Um abraço!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

O Olhar do Profissional da Educação

Demorei um pouquinho, mas dessa vez eu tenho certeza que o Post será digno da demora. Como todos nós da área da educação e saúde sabemos, olhar o individuo, seja ele quem for, apenas por um ângulo, pode minorizar, quando não trazer estragos permanentes, ao estabelecermos as suas necessidades reais.

Dentro de sala de aula ou nas clínicas podemos ver crianças apresentando problemas de aprendizagem que  são ignorados por palavras como "preguiça", "burrice", ou a "famosa expressão" (e que eu morro quando escuto isso - sim EU ESCUTO ISSO nas escolas) "esse ai não adianta nem tentar que é meio doidinho". Isso por um comportamento levado, agitado ou desinteressado que ela possa apresentar, que traz neste padrão de pensamento horrendo e por sinal discriminatório, a não análise dos fatores que implicam nestes comportamentos. Pois é sim mais fácil apontar o problema do que refletir, dentro de nossas ações e situações oportunizadas, para uma resposta a isso.

TODA PESSOA PODE APRENDER. Ponto final! E depende de como a olhamos que saberemos o que, específicamente, é a sua real necessidade. Para isso, passo ao conceito de Visão Sistêmica, primordial a todos aqueles que trabalham com seres vivos!!!!! Sim, seres vivos. Porque essa regra vale para tudo no mundo, sabendo da complexidade das relações em tudo o que é vivo, em menor ou maior grau (mas nunca menor ou maior grau de importância - vale lembrar).

Começo a explicação disto pela pergunta apresentada por Maria Luiza Puglisi Munhoz, no seu artigo "Psicopedagogia: um saber interdisciplinar e sistêmico":

"É possível ensinar e aprender sem relacionar-se, sem influenciar e ser infuenciado por alguém? E em todo o processo de aprendizagem não estão implicados os quatro níveis: o organismo, o corpo, a inteligência e o desejo? Não seria já um sistema interagindo com os seus elementos?"(p.232)

Então para aprender sobre alguém, devemos olhar esse alguém como um ser criado dentro de seus processos cognitivos, psicológicos, orgânicos e sociais. E dentro desses processos existem razões pelas quais impedem um indivíduo de aprender ou socializar ou expressar ou andar. Por isso é tão prejudicial tachar um problema como algo fixo, imutável e de uma única ordem. O olhar tem que ser aberto ao todo do indivíduo e não em partes específicas somente, pois, conforme diz Morin, o todo está na parte assim como a parte está no todo, de uma forma integrada e não separatista.

Para exemplificar ainda mais essa idéia, que acredito ser uma forma essencial para educadores e profissionais da saúde, fica o vídeo sobre a lenda hindú "Os cegos e o Elefante". Um grande abraço e até a próxima!!!




terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Guia de Orientação para Professores - TDAH

Os professores são peças fundamentais no processo de aprendizagem dos alunos, portanto merecem um capítulo à parte quando o assunto é o tratamento do TDAH. Conhecer mais a fundo este transtorno é o primeiro caminho para chegar ao objetivo maior do aprender com crianças portadoras do TDAH. Sendo assim, cito abaixo algumas dicas retiradas do Livro "Desatentos e Hiperativos – Manual para alunos, pais e professores”, do Dr. Gustavo Teixeira (Ed. Best Seller).


1- Estabeleça rotinas: Mantenha a sala de aula organizada e estruturada. O estabelecimento de uma rotina diária em sala de aula facilitará o entendimento e a aprendizagem de todas as crianças. Estimule o aluno a limpar sua mochila semanalmente e a mantê-la organizada também.



2- Crie as regras da sala de aula: Regras claras e objetivas ajudam na manutenção da disciplina em sala de aula. Essas regras podem ser fixadas em um painel localizado em local de fácil visualização pelos alunos. Consequências negativas por quebra das regras também podem ser fixadas no painel, assim como consequências positivas (prêmios) por comportamentos assertivos.

3- Agenda escola-casa: Trata-se de uma estratégia comumente usada pelos professores. Através dela, informações importantes poderão ser trocadas sobre o comportamento do aluno em sala de aula, no recreio escolar, ou sobre a execução de deveres de casa e atividades. Enfim, pais e professores poderão manter um canal de comunicação para saber como está a criança ou adolescente.

4- Sentar na frente na sala de aula: Será mais fácil monitorar e ajudar o estudante com dificuldade nos estudos e com um comportamento desatento ou hiperativo sentando-o na frente na sala de aula, próximo ao quadro e ao professor. Isso irá facilitar o controle e manejo e comportamentos inadequados em sala de aula, além de permitir que o professor faça intervenções ou elogie boas atitudes desse aluno.

5- Matérias mais difíceis no início da aula: Não apenas os portadores de TDAH, mas todos os estudantes estão mais aptos à aprendizagem no início do horário letivo. Portanto, as disciplinas mais difíceis podem ser “privilegiadas” nesse momento, com maiores chances de serem assimiladas, enquanto no final do dia todos estão mais cansados, e os conteúdos mais difíceis podem ser ensinados nesse momento.

6- Pausas regulares: Todos nós possuímos uma determinada capacidade para permanecermos atentos. Isso significa que após um determinado tempo, nossa capacidade atencional diminui muito, assim como nosso desempenho. Portanto, permitir pausas regulares entre as atividades é uma conduta importante para que os alunos possam relaxar por alguns minutos.



7- Ensine técnicas de organização e estudo: Normalmente, crianças e adolescentes apresentam dificuldade para se organizar e planejar os estudos. Se esses estudantes forem portadores de TDAH será ainda maior. Portanto, o professor pode exercer um papel importantíssimo no estabelecimento de técnicas de organização para favorecer o estudo em casa.

8- “Tempo extra” para responder às perguntas: Por que não? Estamos lidando com um aluno que apresenta dificuldade no controle da atenção, desorganizado, mas que se conseguir um tempo extra, pode atingir os objetivos propostos pelo professor. Logo, permitir um tempo extra para responder às perguntas propostas durante a aula ou durante a prova pode e deve ser realizado.

9- Questione sobre dúvidas em sala de aula: O professor deve questionar o portador de TDAH, assim como outros estudantes dificuldades acadêmicas, sobre dúvidas em sala de aula. Isto ajudará na assimilação de conceitos e favorecerá a atenção do aluno.

10- Estimule e elogie: Portadores de TDAH comumente apresentam baixa autoestima, pois estão constantemente recebendo críticas, podendo se tornar desestimulados com a escola. Elogiando e estimulando seu esforço, o aluno se sentirá valorizado, sua autoestima será protegida e teremos grandes chances de observar um crescimento acadêmico. Estimule o aluno com palavras de incentivo. Faça cartazes para serem colocados no mural de recados com as regras do bom comportamento, recompensas por bom comportamento e consequências pelo desrespeito às regras.

11- Premie o bom comportamento em sala de aula: Também chamado de reforço positivo. Essa estratégia visa a estimular que comportamentos assertivos sejam potencializados e o interesse pelos estudos aumente, promovendo a melhoria do desempenho acadêmico de todos. Implemente um programa com pontuação e recompensas por bom comportamento, também chamado de economia de fichas. Você pode escrever um contrato entre você e o aluno em que ele concorde em realizar seus trabalhos de sala e associar-se a uma premiação em caso de sucesso. Ao final do capítulo há exemplos de premiações em sala de aula.

12- Traga a aula para o dia a dia do aluno: Temos mais um fator para a melhoria acadêmica de qualquer estudante: a motivação. Muitas crianças e adolescentes encontram dificuldade em entender a necessidade de algumas disciplinas. Portanto, a contextualização da matéria ensinada pode ser uma boa alternativa para atrair o interesse do aluno. A matemática será muito mais interessante caso o aluno aprenda a utilizá-la concretamente em sua rotina diária. O português pode envolver a utilização de recortes de jornais e revistas, assim como geografia e história. Enfim, existem inúmeras formas de tornar as disciplinas interessantes para os alunos. Ao final do capítulo, há orientações sobre estratégias para atrair a atenção do aluno em sala de aula.

13- Seja simpático: Costumo me lembrar de meus professores do colégio e os melhores eram sempre aqueles dinâmicos, extrovertidos, que se movimentavam em sala de aula, motivadores, engraçados e que chamavam os alunos pelos nomes. Oscile a entonação e o volume de voz para atrai a atenção. O professor pode ser um excelente modelo de comportamento para seus alunos. Portanto, seja empático!

14- Dividir trabalhos por partes: Uma vez que crianças e adolescentes com TDAH apresentam dificuldade na organização para a execução de trabalhos escolares, ensiná-los a dividir em várias etapas pode ser uma grande estratégia para facilitar a resolução e a conclusão, tornando o trabalho menos exaustivo.

15- Agenda e lista de atividades diárias: Atualmente nossas crianças e adolescentes têm muitas atividades. São aulas particulares, aulas de inglês, futebol, judô etc. Bem, ensiná-los a utilizar uma agenda ou uma lista de atividades diárias pode auxiliar muito na organização e no planejamento de seu tempo.

16- Leitura sobre os transtornos comportamentais: Professores devem ter algum conhecimento técnico sobre os problemas comportamentais escolares. Portanto, leia bastante sobre o TDAH e outras condições comportamentais que acometem crianças e adolescentes.

17- Seja assertivo: O professor é figura central e modelo de aprendizagem para seus alunos, portanto seja assertivo em suas colocações. Evite críticas, pois o aluno com TDAH normalmente apresenta um prejuízo muito grande em sua autoestima. Prefira elogios, mas caso a crítica seja necessária, converse separadamente com o aluno para evitar expor suas dificuldades acadêmicas e comportamentais aos outros estudantes.

18- Esteja alerta e antecipe problemas: Muitas vezes as mudanças comportamentais dos alunos seguem um padrão. Identificando precocemente esse padrão de comportamento, professores podem antecipar situações problemáticas, como por exemplo: sempre que um aluno começa a levantar da carteira, outros o seguem e em segundos todos estão conversando e dispersos. O professor pode se antecipar e combinar que será permitido que o aluno se levante da carteira após os exercícios terem sido concluídos e com sua autorização. Lembre os alunos sobre o comportamento esperado para essa ou aquela atividade em sala de aula.

19- Faça contato visual: Olhe nos olhos de cada aluno e chame-os pelo nome para atrair e captar a atenção. Dessa forma os estudantes estarão mais alertas e atentos às suas orientações e ensinamentos.

20- Utilize a internet: Alunos que apresentam dificuldade na cópia em sala de aula podem se beneficiar da colocação de textos e de deveres de casa na internet ou na distribuição de materiais impressos pelo professor.

21- Estimule a prática de esportes: A prática de atividade física deve ser estimulada sempre. Aí entra com maior ênfase o papel do profissional de educação física. Crianças e adolescentes com TDAH comumente apresentam dificuldades de relacionamento social e são estabanadas nas atividades físicas. Esportes coletivos são excelentes ferramentas para estimular a socialização, melhorar a autoestima, além de ensinar sobre a importância do trabalho em equipe, do respeito às regras, de seguir uma hierarquia de comando e de respeitar a autoridade do professor.

Sugestão de premiações escolares:
- Ser o “ajudante” do professor;
- Apagar o quadro;
- Escrever no quadro;
- Buscar equipamento para a aula;
- Sair para beber água;
- Ponto positivo na média;
- Elogio verbal;
- Elogio no caderno;
- Elogio no caderno de comunicação com os pais.

Estratégias para atrair a atenção do aluno em sala de aula:
- Acenda e apague as luzes da sala de aula;
- Diga frases do tipo: “Atenção, todo mundo!”, “Vamos lá, turma!”;
- Bata palmas;
- Utilize giz ou marcadores coloridos no quadro;
- Faça contato visual durante todo o tempo com os alunos, especialmente com os mais desatentos.
- Utilize recursos multimídia, como computadores, retroprojetores, vídeos, músicas e internet.

Espero que essas dicas possam ajudar a todos que necessitem de informações para auxiliar crianças, adolescentes e adultos com TDAH. No mais, comentem, elogiem, critiquem. Porque o interessante é a troca. E somente assim continuaremos no processo do aprender e ensinar.

Abçs!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cinema - Atividades

Como viram na postagem anterior, fomos ao cinema com as crianças da clínica. Hoje trabalhamos a interpretação através de montagem de quebra cabeças e reprodução da sequência lógica do filme com eles.



Professores e outros profissionais que estejam interessados em trabalhar com filmes podem usar essa idéia não somente com desenhos, mas até mesmo com disciplinas que exijam essa sequência de fatos como biologia ou história. Por exemplo: Suponha que tenha a matéria "Colonização do Brasil" e que as crianças estão tendo muita dificuldade para entender. Crie uma historinha suscinta, um teatrinho ou filminho com fotos e narração. O importante é ligar as duas habilidades: visual e auditiva. (As crianças conseguem compreender melhor quanto mais aguçarmos os seus sentidos.)

Depois peça para a turma ir reportando a sequência da história oralmente ou em desenhos (tipo desenhar a parte que mais marcou e escrever uma frase para explicar o desenho). Vá posicionando os desenhos na frente das crianças para que todas possam ver a linha cronológica da história. Deixem falar e se expressarem sobre suas percepções.

Para fixar, pode ser uma opção, montar um pequeno resumo com a fala das crianças (adaptando-as quando necessário) no caderno ou construir um vídeo onde cada um falaria uma parte da história na própria sala. (E as idéias frente a esse desenvolvimento são imensas ... desde teatros, criação de fantoches ... fazer eles colocarem a mão na massa). E aqui haveria a avaliação sem necessidade de provas, papéis ... e a natureza agradece, não é mesmo!!! (tenho certeza que as crianças também!)

Mais idéias ou desdobramentos para essa proposta, postem nos comentários. Assim estaremos em contínuo processo de aprender, com objetivo de melhorar nossa percepção e ensinagem!!!

Abraços com cheirinho de lavanda!!!!!

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cinema

Fotinhas do Cinema dia 16/01 com direito a Lanche no Burguer King de Udia, que por sinal, nos atenderam muito bem, reservaram mesa e foram pegar os pedidos um a um. Parabéns equipe Burguer King por tudo!!!

Olhem só o sucesso da CADP no Shopping com as crianças ...

Na entrada so Shopping ...

Cinema com pipoca e Refri .. hum Delicia!!!












Cantando Parabens pra Cris porque também foi aniversário dela!!!



Dúvidas se foi um dia feliz??????

Amnhã posto como trabalhar com filmes e crianças ...
Bjus e Boa noite!!!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Jogos e Aprendizagem - possibilidades

Relatando mais um dia na clínica, indico um jogo que pode ser usado na sala de aula e que colocará a garotada para pensar muito em letras, sílabas, palavras ... O jogo se chama Boogle, já ouviram falar?


Tem duas versões: O Boggle convencional e o Júnior. Podem ser trabalhados em ambos os casos: alfabetização ou ensino fundamental.

Para as professoras que não podem adquirir ou não tem  na escola, uma coisa legal a se fazer é confecionar os dadinhos e as caixinhas para o jogo. É super simples e enterte legal a turma.

A idéia é montar pequenos grupos para que eles possam achar o maior número de palavras possíveis, em um tempo determinado, com as letras dispostas na caixa, podendo ligar as letras em movimentos horizontais, verticais e diagonais, mas nunca pular casas. Por exemplo:



Como desdobramento das palavras encontradas, podem fazer frases, pequenos textos, ilustrações das palavras ou até mesmo um pequeno dicionário visual de palavras encontradas por eles. Ai se trabalharia ortografia, contexto, alfabetização visual, arte ... Bem legal ne?

Nos próximos dias falaremos mais sobre jogos... fiquem atentos e opinem!
Grande Abraço...

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Bem vindo 2012!!!

Voltamos em 2012 com carga total!! Esse ano está repleto de desejos de felicidade e ainda programado para ser cheio de novidades e notícias boas para todos. Durante o mês de Janeiro, estarei postando atividades para profissionais da educação, com enfoque psicopedagógico: dinâmicas, planejamentos em forma de projetos, etc. Por isso é interessante que críticas e sugestões sejam postadas!!! Use o nosso "Comentários" logo abaixo do texto para isso!!! Essa troca-aprendizagem que renova nosso espírito educador!!!


Hoje começamos a Programação de Férias na Clínica - CADP. Os pacientes foram todos reunidos, meus e de minha sócia, Ana Carolina Scalia, para fazermos trabalhos em grupo, visando não somente a socialização, mas o entender que nunca estamos sozinhos, e que os problemas de aprendizagem são tão variados e de tantas "roupagens"que o respeito e a busca incansável por melhorar está em todos nós, sendo assim POSSÍVEL SEMPRE!!

O trabalho foi todo planejado em cima de atividades lúdicas e de cooperação. Começamos, no entanto, com a confecção dos crachás de identificação de cada uma das crianças (que no caso são de 7 a 13 anos). Eles "quebraram o gelo" com a Dinâmica da bola e depois colocaram a mão na massa!!

Essa dinâmica foi muito legal, e posto aqui uma boa forma de apresentação das crianças para o início do ano:

DINÂMICA DA BOLA

MATERIAL: 
Uma bola

COMO FAZER: 
Reúna o grupo em um círculo, onde todas as crianças podem ser vistas umas pelas outras. Essa dinâmica foi dividida em 3 etapas. Mas você pode adaptar para outras circunstâncias.

Na primeira etapa as crianças deverão passar a bola entre si, encontrando semelhanças entre elas. Por exemplo: "Eu passo a bola para o Fulano porque ele também está de calça jeans", ou, "Eu passo a bola para o ciclano porque nós dois temos o cabelo preto". Eles tem que passar a bola até as semelhanças se esgotarem.

Na segunda etapa as crianças deverão fazer a mesma atividade, só que encontrando agora as diferenças entre si. Por exemplo: "Eu passo a bola para ela porque eu sou menino e ela é menina", ou, "Eu passo a bola para ele porque eu sou mais alta que ele". Da mesma forma seguirão até as diferenças acabarem.

Na terceira etapa, convidamos as crianças a identificarem as iniciais do nome de cada um. Quando todas as letras e as pessoas foram identificadas, falamos que a criança que estivesse com a bola, a jogaria para cima e falaria uma das letras iniciais que encontramos. A pessoa que possuia essa letra teria que correr e pegar a bola. Assim, se tivesse 2 ou mais crianças com a letra dita, teriam todos que tentar pegar a bola, e a que pegasse daria continuidade à brincadeira.

OBJETIVOS: 
Apresentação das crianças entre si,;
Memorização;
Reconhecimento dos conceitos de Diferença, Semelhança, e Classificação;
Identificação das letras do alfabeto;
Trabalhar Reflexos e Motricidade;
Trabalhar em cooperação.

O interessante da troca aqui é você poder readaptar conforme a necessidade de sua turma, e até mesmo da matéria que está sendo lecionada, podendo ser este, uma forma bem legal de trabalhar ortografia, somas, multiplicação.... Legal ne?

Espero que tenham gostado. Um grande abraço e um recomeço maravilhoso para todos!!!!