Vamos então?
- É extremamente importante estabelecermos uma rotina no dia a dia dos disléxicos. Para isso, os pais podem confeccionar com os filhos cartazes com figuras, coloridos, que ajudem a identificar as atividades diárias;
- Bilhetes coloridos como post-its no espelho do banheiro, na mesinha de estudos, também ajudam a fixar a rotina das atividades;
- Utilize uma codificação por cores para o processo de organização se tornar mais visual. Por exemplo; o horário das aulas de natação estará em azul; o do ingles em vermelho, e assim por diante. A criança vai ver a cor azul da aula de natação e pensar mais rapidamente do que ler aula de natação no quadro e processar o significado.
- Separe roupas e materiais no dia anterior. Se for preciso fazer a preparação para algo no próximo dia de manhã já deixe tudo separado no dia anterior para não haver confusões;
- Mantenha uma rotina para dormir em um horário fixo razoável. Entre 8 e 9:30 são horários em que a criança estará tendo de 8 a 10 horas de sono se acordar as 6 da manhã;
- PACIÊNCIA PARA AS TAREFAS DE CASA. As vezes a criança com dislexia não consegue realizar toda a sua tarefa de uma só vez. As vezes é preciso alguns intervalos (uma água, um lanche pequeno, um intervalo para a tv de 15 minutos...) para que ele posso voltar a se concentrar e ir se adaptando ao seu tempo de esforço mental;
- Providencie um local de trabalho tranquilo para as tarefas de casa, sem muitos distratores, longe de janelas. Ali serão realizados apenas os trabalhos escolares;
- Iluminação adequada e materias escolares reserva são essenciais;
- Exija o local arrumado após usá-lo;
- Se na tarefa de casa, seu filho ficar travado em uma palavra e pedir sua ajuda, soletre-a para ele. Esse não é o momento de dizer "Vá procurar no dicionário" ;
- Com o passar do tempo, reduza sua ajuda gradualmente se seu filho estiver fazendo avanços;
- Arrume caixas de cores diferentes para cada matéria. Assim a lição de casa pode ser organizada separadamente;
- Se seu filho tem mais facilidade para aprender por meio auditivo, tente fazê-lo usar um pequeno gravador portátil para gravar lembretes e escutá-los no final das aulas, antes de ir para casa. A idéia é que ele grave os lembretes sozinho, diariamente. Isso pode também ser usado nas aulas de maior leitura. Pois poderá fixar melhor o conteúdo com as explicações orais do professor em casa;
- Faça cópia dos livros de seu filho. É um sistema de segurança para caso ele esqueça-os na sala e precise de fazer as lições;
- Tenha uma lista de tres a cinco amigos que seu filho possa ligar para verificar a lição de casa, passeios escolares ou eventos extracurriculares;
- Ajude seu filho a escrever mensagens de agradecimento aos pais, professores ou amigos que o ajudam; isso vai inspirá-los a ajudá-lo novamente;
- Leia diariamente para seu filho e em conjunto dele. Pode ser um momento de vocês dois. Utilizar os audiobooks também é um artifício legal;
- Estimule seu filho a usar o computador para as tarefas e resumos de estudo e a ferramenta de verificação de ortografia;
- Para os estudos também é necessário planejamento: do tempo levado até a leitura dos conteúdos;
- Estude com antecedência. Uma semana antes organize dias para estudo para a prova. Vocês terão mais tempo para repassar a matéria;
- Seja direto. Não siga o sistema "Vamos fazer um resumo sobre a Independência do Brasil", mas sim "Vamos elencar 5 fatos a respeito da Idependencia do Brasil";
- O computador e novas tecnologias poderão ajudar enormemente seu filho;
- Elogie suas conquistas e os trabalhos bem feitos. Mas entenda que as suas espectativas devem ser compatíveis às dificuldades enfrentadas pelo seu filho. Entenda que 6, para uma criança que só tirava 2, é um GRANDE PROGRESSO.
- Arrume tempo para diversões sem dar chances a discussões;
- Planeje um tempo para curtir o seu filho.
Bastante dicas não é mesmo. Espero que possam tornar seu lar um local positivo para a aprendizagem. E no que precisarem, estamos por aqui!!!
Um grande abraço,
Carol
Fonte:
FRANK, Robert e LIVINGSTON, Kathryn. A vida secreta da criança com dislexia. SP: MBooks, 2003. p161-178.